terça-feira, 15 de setembro de 2009

UM BEIJO

Você já quis muito uma coisa, a ponto de perder o sono por ela?
Eu já, ta certo que para uma pessoa que dorme três dias por semana não parece ser uma coisa tão alarmante, mas o problema é o que eu fiz quando consegui essa coisa, eu simplesmente ignorei-a. Burro eu? Não penso assim. Não consigo me perdoar por isso, não me arrependo (pois não é do meu feitio sentir arrependimento), mas também não acho que o que eu fiz foi tão errado assim, não do meu ponto de vista, mas sei que foi uma atitude infantil, e ao mesmo tempo tosca, passei por cima de um desejo sem fim, simplesmente por uma promessa feita a mim mesmo, o que eu não pensei é que aquele momento pertencia à exceção da minha promessa, e agora fico aqui, desejando novamente o que tive e joguei fora, fico aqui imaginando se eu vou suportar o fato de saber que nunca mais terei meu desejo, fico aqui comigo mesmo assim como eu fiz por onde ser. Continuarei com desejo, ânsia, mágoa, raiva, tudo o que possa me tirar o sono, só não terei o que eu tanto quis: um beijo...

“Eu que falei nem pensar, agora me arrependo roendo as unhas frágeis testemunhas de um crime sem perdão, mas eu falei nem pensar. Coração na mão como um refrão de um bolero eu fui sincero como não se pode ser. E um erro assim, tão vulgar nos persegue a noite inteira e quando acaba a bebedeira, ele consegue nos achar num bar, com um vinho barato, um cigarro no cinzeiro e uma cara embriagada no espelho do banheiro. Teus lábios são labirintos que atraem os meus instintos mais sacanas o teu olhar sempre distante sempre me engana eu entro sempre na tua dança de cigana.”

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