Dedicado àquela que invade meus sonhos "com passos tão leves que jamais desgastariam a pedra mais duradoura” ** e me faz sentir capaz de "equilibrar sobre a mais tênue teia de aranha que o vento do verão balança” **
**Frei Lourenço de Romeu e Julieta; Por Willian Sheakspeare.
Patchouli's davam aroma ao ambiente,
Iluminado apenas por chamas de velas,
Um lençol de rosas cobria o altar,
Dando-lhe um tom avermelhado.
Para unir-mos nossos corpos em um só.
Com passos delicados e leve presunção,
Bebemos vinho a bebida sagrada do amor,
Trocamos o vinho por beijos entorpecentes,
Imperceptivelmente debruçamos ao altar.
Despimo-nos um ao outro com olhares de desejos.
Entrelaçamo-nos num abraço ardentes,
Ficamos tão quentes que não parecia inverno,
Apesar da fria chuva e da espessa neblina,
Que encobriam o brilho ofuscante da lua cheia.
Almejando o que já estava por vir...
Quando acariciei-lhe suavemente as coxas.
Tive as costas arranhadas no momento que:
Nossas almas foram cobertas por sensações,
Nossos corpos entraram em total êxtase.
A paixão exalava seu perfuma inebriante.
Fiquei parado sem ter reação alguma,
Admirando a obra-prima da natureza,
Um rosto angelicalmente desenhado,
Eu tinha o que ninguém jamais tivera.
Nem Adão e Eva no Jardim do Édem.
E confundiam-se com o lençol de rosas,
Ao mesmo tempo pareciam um fogo ardente,
Com um olhar de Medusa me petrificou,
Como se fosse um monumento à sua beleza.
Contrastavam com seu nariz areebitadamente afinado.
Como a Sereia Iara ela me encantava,
Seus lábios como o vento d'uma nevasca,
Faziam-me um suspiro arrepiado à cada beijo,
Abaixo o queixo finalizava o desenho perfeito.
Branca como neve e macia como nuvem.
Vi-me mais uma vez magicamente paralisado,
Apenas a contemplar minha rainha,
Que com sua majestade e beleza,
De mim fez bobo da corte e rei.
(IX AKBAL)
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