terça-feira, 16 de junho de 2009

COR UNUM ET ANIMA UNA

Dedicado àquela que invade meus sonhos "com passos tão leves que jamais desgastariam a pedra mais duradoura” ** e me faz sentir capaz de "equilibrar sobre a mais tênue teia de aranha que o vento do verão balança” **

**Frei Lourenço de Romeu e Julieta; Por Willian Sheakspeare.



Eu havia preparado tudo calmamente,

Patchouli's davam aroma ao ambiente,

Iluminado apenas por chamas de velas,

Um lençol de rosas cobria o altar,

Dando-lhe um tom avermelhado.

Eu a esperava com muita ansiedade,

Para unir-mos nossos corpos em um só.

Ela adentrou o templo suavemente,

Com passos delicados e leve presunção,

Bebemos vinho a bebida sagrada do amor,

Trocamos o vinho por beijos entorpecentes,

Imperceptivelmente debruçamos ao altar.

Entre beijos e abraços mais tórridos a cada segundo,

Despimo-nos um ao outro com olhares de desejos.

Nossos corpos aqueciam-se mutuamente,

Entrelaçamo-nos num abraço ardentes,

Ficamos tão quentes que não parecia inverno,

Apesar da fria chuva e da espessa neblina,

Que encobriam o brilho ofuscante da lua cheia.

Tendo os seios tocados fechou os olhos,

Almejando o que já estava por vir...

De súbito sentiu-se arrepiar todo o corpo,

Quando acariciei-lhe suavemente as coxas.

Tive as costas arranhadas no momento que:

Nossas almas foram cobertas por sensações,

Nossos corpos entraram em total êxtase.

A adrenalina fervilhava em nosso sangue,

A paixão exalava seu perfuma inebriante.

Ao ver tamanha beleza sob meu corpo,

Fiquei parado sem ter reação alguma,

Admirando a obra-prima da natureza,

Um rosto angelicalmente desenhado,

Eu tinha o que ninguém jamais tivera.

Nem os Deuses do Monte Olimpo,

Nem Adão e Eva no Jardim do Édem.

Seus cabelos pareciam não ter mais fim,

E confundiam-se com o lençol de rosas,

Ao mesmo tempo pareciam um fogo ardente,

Com um olhar de Medusa me petrificou,

Como se fosse um monumento à sua beleza.

As rosadas maçãs do seu rosto tão bem arredondadas,

Contrastavam com seu nariz areebitadamente afinado.

Sua boca produzia sons hipnotizantes,

Como a Sereia Iara ela me encantava,

Seus lábios como o vento d'uma nevasca,

Faziam-me um suspiro arrepiado à cada beijo,

Abaixo o queixo finalizava o desenho perfeito.

Tudo isso envolto em uma pele de seda,

Branca como neve e macia como nuvem.

Cobrindo-a com rosas brancas tal qual a pele,

Vi-me mais uma vez magicamente paralisado,

Apenas a contemplar minha rainha,

Que com sua majestade e beleza,

De mim fez bobo da corte e rei.

(IX AKBAL)

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